segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Entrevistas com Professoras de educação infantil sobre a influência dos conceitos filosóficos na educação



Entrevista da professora recém-formada
Pergunta: Faça-nos um breve currículo seu.
Resposta: Meu nome é D.G, sou graduada em pedagogia, tenho 21 anos, leciono á seis meses nesta instituição (E.E.M.I Marly Teixeira de Almeida), já trabalhei anteriormente nesta mesma instituição, como auxiliar, auxiliando assim os projetos pedagógicos das professoras que aqui lecionavam. Escolher o campo educacional foi facilitado devido à experiência anterior que tive na educação infantil que atualmente é minha área de atuação.
Pergunta: Para você qual a importância da filosofia no campo educacional?
Resposta: A filosofia foi uma das maiores contribuição da educação e até hoje a filosofia está presente e contribuindo no campo educacional. A filosofia é o estudo que busca resolver os problemas relacionados a existência, a aquisição do conhecimento entre outros, este estudo tem como objetivo fazer alguns levantamentos dos "porque" da vida, sendo assim toda vez que levantamos um questionamento, estamos também filosofando, pois estamos refletindo, pensando e formando nossa própria opinião, assim sendo, educar é quase como um sinônimo de filosofia pois nós como docente temos o dever de levantar inquietações nos nosso alunos, transformando-os assim em formadores de opinião.
Pergunta: Existem algumas correntes filosóficas que mais lhe agrada?
Reposta: Sim existe, me identifico muito com o existencialismo, que é uma corrente filosófica que reflete sobre a interação do individuo com o mundo e suas ações nele, o existencialismo diz que o professor deve desenvolver a autonomia na educação e a liberdade com responsabilidade, pois o educando adquire gradualmente o conhecimento, nós professores não podemos impor princípios morais, mas sim levar o aluno á fazer escolhas responsáveis, assim como esta concepção acredito que a educação não consiste no quanto o aluno pode aprender, mas sim na maneira como aprende e o que isto representa para ele, devemos desenvolver a sua criatividade e responsabilidade, fazendo como que nossos educando tenha suas próprias ideias.
Pergunta: Você considera que os conhecimentos de filosofia adquiridos durante a sua graduação foram relevantes para sua prática docente?
Reposta: Sim, a filosofia tem papel muito importante na prática docente de qualquer professor, pois é este estudo que surge com o objetivo de conhecer aquilo que ainda pode ser conhecido, sendo assim está atitude passa a desenvolver ações necessárias á um educador, tais como, discutir, refletir e questionar, ser um profissional da educação é ser crítico, reflexivo e questionador a cada conduta com seu educando, isso apenas não é o bastante, temos que ter em mente que estas ações não podem ficar apenas restritas á nós professores temos o dever de passar isto adiante, tornando os nossos educandos formadores de opinião e não apenas receptores e decoradores de conhecimentos.




Entrevista da professora mais experiente

Pergunta: Faça nos um breve currículo seu.
Resposta: Me chamo M.A.S, tenho 45 anos, sou professora nesta instituição (E.M.I. Marly Teixeira de Almeida) á 10 anos, sou graduada em pedagogia á mais de 15 anos, trabalho no seguimento de educação infantil, em específico no berçário, no qual localiza-se crianças de 1 á 2 anos.
Pergunta: Para você qual a importância da filosofia no campo educacional?
Resposta: Tenho consciência que o estudo da filosofia na educação tem extrema importância, está é a ciência que nos auxilia no desenvolvimento dos nossos educandos e é necessário que tenhamos alguns conhecimentos específicos de algumas teorias filosóficas voltadas a educação, pois elas nos auxiliam na nossa prática educacional.
Pergunta: Existem algumas correntes filosóficas que mais lhe agrada?
Resposta: Sim, o pós-estruturalismo, ele é caracterizado por um pensamento amplo e diverso e tem como o objetivo a desconstrução de ideias e teorias estruturadas, ou seja aquela mera decoração, que eu não considero aprendizagem, esta teoria compreende a educação como um processo ético que desenvolve conhecimentos sensatos, buscando assim à potencialização do pensamento dos nosso educando.
Pergunta: Você considera que os conhecimentos de filosofia adquiridos durante a sua graduação foram relevantes para sua prática docente?
Reposta: Sim, a filosofia e a prática docente são aliadas, nós temos sempre uma sede de saber mais, de conhecer, de chegar à sabedoria, e este caminho só será alcançado através da filosofia, que nada mais é que a busca do conhecimento, nós como professores somos nada mais que filosóficos aqueles que vamos mostrar o caminho para que os nossos educandos cheguem ao conhecimento, a filosofia é indispensável para esta busca, ela leva o aluno à oportunidade de desenvolver um pensamento independente e crítico, porém só podemos desenvolver está sede de saber nos nossos "pequeninos" se nós tivermos e para isso foi necessário levar á sério os conhecimentos adquirido na minha graduação e não estagnar sempre procurar saber mais.

Participação da Mulher na Educação e na Sociedade!!!!



Cora Coralina, poetisa: Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889—1985) era uma mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

“A vida tem duas faces: Positiva e negativa.
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria.
Que eu possa dignificar, minha condição de mulher, aceitar suas limitações.
E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes.
Aceitei contradições lutas e pedras
como lições de vida e delas me sirvo.”
Cora Coralina


CORA CORALINA, QUEM É VOCÊ?
Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.
Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.
Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua.
Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.
Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república
que se instalava.
Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes.
Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras
em livros superados de que
ninguém mais fala.
Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.
Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.
Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.
Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.
Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.
Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.
Sobrevivi, me recompondo aos
bocados, à dura compreensão dos
rígidos preconceitos do passado.
Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.
A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu.
Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.
Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.
Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.
Apenas a autenticidade da minha
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada,
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.
Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.
Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.
(Meu Livro de Cordel, p.73 -76, 8°ed, 1998) 



Desconstruindo Amélia

Pitty
Já é tarde, tudo está certo
Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme, ela arruma o uniforme
Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada
Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume, esquecia-se dela
Sempre a última a sair
Disfarça e segue em frente
Todo dia até cansar (Uhu!)
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa, assume o jogo
Faz questão de se cuidar (Uhu!)
Nem serva, nem objeto
Já não quer ser o outro
Hoje ela é um também
A despeito de tanto mestrado
Ganha menos que o namorado
E não entende porque
Tem talento de equilibrista
Ela é muita, se você quer saber
Hoje aos 30 é melhor que aos 18
Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos
Ainda vai pra night ferver
Disfarça e segue em frente
Todo dia até cansar (Uhu!)
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa, assume o jogo
Faz questão de se cuidar (Uhu!)
Nem serva, nem objeto
Já não quer ser o outro
Hoje ela é um também
Uhu, uhu, uhu
Uhu, uhu, uhu
Disfarça e segue em frente
Todo dia até cansar (Uhu!)
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa, assume o jogo
Faz questão de se cuidar (Uhu!)
Nem serva, nem objeto
Já não quer ser o outro
Hoje ela é um também

·         8 de março – Dia Internacional da Mulher: É uma das datas mais importantes, pois neste dia, no ano de 1857, as operárias da fábrica têxtil Cotton, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, fizeram uma greve, em protesto contra uma jornada diária de 16 horas e baixos salários. Como resposta à manifestação, os patrões mandaram incendiar o prédio e 129 mulheres morreram queimadas.

·  27 de abril – Dia da Empregada Doméstica: As empregadas domésticas enfrentam o preconceito de gênero e o social. Faz-se necessário reconhecer o trabalho dessas mulheres, que não é valorizado por ser realizado dentro de casa.
·     28 de maio – Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher: As questões relacionadas à saúde das mulheres foram discutidas por especialistas do mundo inteiro em 1987, na Costa Rica, durante o V Encontro Internacional Mulher e Saúde. Após esse evento, foi decidido que o dia 28 de março marcaria a urgência de ações em favor da saúde feminina.
·         15 de outubro – Dia Internacional da Trabalhadora Rural:  Não se pode perder a oportunidade de celebrar as conquistas já obtidas e nem de cobrar mais ações promotoras da igualdade de gênero no campo. Nesse dia, deve-se destacar a importância das mulheres rurais na agricultura, na segurança alimentar e no desenvolvimento da zona rural.
·         25 de novembro – Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Mulher: Em 25 de novembro de 1960, duas irmãs foram brutalmente assassinadas na República Dominicana, durante o regime do ditador Trujillo. Desde 1981, o dia é usado, em vários países, como alerta para a necessidade de combater a violência contra as mulheres. Para marcar a data, é importante promover discussões sobre o tema.